segunda-feira, fevereiro 25, 2008

La luna insolita

Se for me apegar a sua luz
Serei eternamente escravo da mentira
Sua luz é falsa, rouba-lhe de outros

Mas o que dizer de mim
Que nem brilho tenho
Que vivo sob sombras

Se escureces é nova
Se brilhas é cheia
Se estas parca, mingua ou cresce

E eu que sempre sou o mesmo
Nunca mudo, nunca brilho
Nunca apago, nunca cresço

Podes não ter luz própria
Mas a luz que em ti reflete
Faz brilhar caminhos

Perdido sou sem direção
No escuro sempre estou
Mesmo no claro cego fico

Volto e reflito então
Prefiro me apegar a sua luz
Viver sob seu brilho

Pois embora falsa seja sua luz
Quando brilhar no céu
Ela me mostrará o caminho

Embora falsa sua luz
Quando escurecer
Ainda assim estarás lá

Embora falsa sua luz
Se apagando ou ascendendo
Sempre bela me parece ser

Embora falsa sua luz
Enamorado sou
De sua insólita forma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário